quinta-feira, 28 de julho de 2011

Dia do AMIGO bemm ATRASADO



•    E precisa mesmo de data para lembrar o Amigo?
•    É na infância, de contornos distantes e quase irreais, que buscamos os amigos, suas confidências e molecagens. Nada é mais triste de que uma infância sem amigos. Criança que pouco convive com amigos já traz consigo uma solidão adulta, que carrega por toda a vida. E, às vezes, por conta dessa solidão, a vida se vê abreviada antes do tempo.
•    Os sinceros amigos dão sentido às alegrias, às tristezas e às burradas. Assim, por essa ordem.
•    Os melhores amigos te cobram. Os conhecidos dão de ombros...
•    Dia do Amigo valoriza aqueles que, pelo menos, podem contar com um único amigo. No final da vida quantos estarão lá para dividir o vinho?
•    Uma coisa é convívio social. Amizade sincera é bem outra. Não se encontra em salão de festa nem em homenagens convencionais.
•    Amigo tem algo a ver com rotina doméstica. No sul, particularmente, com chimarrão. Amigo fala e ouve e passa a cuia, seguindo a  roda das confidências.
•    Interesses não solidificam amizades. Talvez gerem empregos, riquezas, viagens, promoções e o silêncio na hora das acusações de pilantragem.
•    A verdadeira amizade guarda luz e lenço para as horas certas. Os conhecidos guardam confetes.
•    Amigos são imprescindíveis para nosso crescimento por essa caminhada infernal aqui na terra. Os conhecidos são para passeatas e bailantas.
•    Com amigo de verdade a gente cresce; com conhecido, engorda.
•    Conflito: um amigo real ou dezenas de amigos virtuais?
•    O Dia do Amigo foi criado por alguém com complexo de culpa?
•    Quem inventou mesmo? Uma Câmara de Dirigentes Lojistas que pensava em faturar mais uma data? Nãoooooo! Foi um argentino. Ta no google. Pesquise você também.
•    Pense nisso: eu não quero ter um amigo de verdade; quero ser.
Então, bem cedinho naquela quarta-feira molhada, acreditem, recebi a visita do meu melhor amigo, pelo correio: um livro! Juro. E feliz da vida voltei para debaixo das cobertas, abri um chocolate e comecei: “... ser outro ainda no fazer tudo por um outro.”
Um abraço aos amigos leitores!

Texto: Laura Peixoto

Nenhum comentário:

Postar um comentário